TDO (Transtorno Desafiador Opositor)

Você acha que TDO (Transtorno Desafiador Opositor) é a síndrome que fala sobre criança mimada e é reflexo de pais descontrolados?
Eu convido você a direcionar as suas energias em dois sentidos:
Um deles é como oferecer apoio para as crianças e adolescentes. Eu vou contar algumas dicas.
E o segundo:
É reconhecer as reações e crenças dos adultos diante de suas histórias. Que tal auxiliar as pessoas a aferir suas necessidades e sentimentos ao educar e cuidar de uma criança?
Vocês assistiram o episódio 14, das Pitadas de Girafeto ? Lá nós cuidamos de como se ajustar ao senso comum e como é alto o custo de não expressarmos nossos sentimentos e dependermos das opiniões das pessoas. E eu prometi que iria abordar sobre esta síndrome.
A Síndrome do Transtorno Opositivo Desafiador é muito complexa. O Diagnóstico é relevante porque os adultos podem definir estratégias de ação. O psicopedagogo deve se utilizar a escuta empática, valorizando a singularidade do paciente e de todo contexto familiar. Assim, o objetivo do tratamento é ajustar e aferir estes sentimentos de intolerância, frustrações e ações intempestivas que a criança ou o jovem apresenta no seu dia a dia. Entretanto, se as estratégias se deixarem levar por discriminação, rótulos e julgamentos, perdemos oportunidades de criar vínculos com o paciente e com o seu filho. Torna-se preocupante os efeitos nocivos de uma revelação do diagnóstico, sem os devidos cuidados.
Hoje, a Girafeto irá entregar algumas formas de abordagem com estas crianças.
Vamos exercitar ?
Chame seus filhos ou alunos e crie uma história. Detalhe, não é recomendado uma história real, como algo que a criança já tenha praticado. Este lugar de fala é desassociado de intimidações e de controle. O objetivo é proporcionar um exercício que fortaleça as emoções das crianças.
Vou citar um exemplo: Uma criança da escola, desafiou o amigo para uma corrida e no meio do percurso, um deles passou o pé e o colega caiu e machucou-se bastante.
Nossa, o menino quebrou os dentinhos da frente! A interpretação auxilia na atenção da criança. Podemos utilizar recursos de gravuras também.
Contrário disso é trazer uma história que a criança viveu, cheia de mensagens subliminares do que é certo ou errado, e se a mesma perceber que está sendo controlada, pode gerar ruídos tóxicos. Por outro lado, quando os adultos têm dificuldade em controlar nossas emoções, eles podem nos levar a consequências nefastas nestas atividades. Eu confio que você, que assiste conseguirá separar o que é correção com intimidação de uma criação que gera escuta, afinal, esta atividade é uma janela que se abre. Sim, porque você está treinando a escuta!
Garantimos atenção, quando:
- Usamos matérias concretos, independente da faixa etária;
- Permitimos a criança se envolva a situação podendo adaptar e reconstruir a história;
- Diferenciar fatos de opiniões.
- Aferir os sentimentos com apoio de gravuras. A criança criara o hábito seus sentimentos e poderá ampliar seu vocabulário.
- Sustentar a escuta sem interferir na fala do outro e muito menos a apresentar um conselho ou admoestação;
- Apoiar a criança a se responsabilizar por si mesma e, ao mesmo tempo, aceitar a sua vulnerabilidade
Na comunicação não violenta o segundo passo, após treinar a escuta, é transformar a escuta ativa em escuta empática.
Ao trazer a ideia de reciprocidade emocional no envolvimento com uma escuta empática virá à tona o compromisso mútuo de aferirmos o alto preço de levar vantagens sobre o outro.
Deixar a criança fluir ao dizer com sinceridade que o menino da história não controlou as emoções é minimamente mais natural e autêntico.
Lembra-se o que eu disse sobre o objetivo deste exercício?
O mais importante é proporcionar um momento para fortaleça as emoções das crianças…
Eu estava elaborando esta pitada e observem o que aconteceu rsrs. Um inseto caiu próximo a minha xícara de chá e fiquei com receio de perder meu chá e, também, de que o bichinho se afogasse. Peguei-o com um lenço e levei para longe e ele soltou um cheiro forte. Será que esta analogia é compatível com a situação em análise neste momento? Pergunto sobre analogia, pois habitualmente agimos sem aferir os sentimentos do outro. Agimos, julgamos o que é certo, tolhemos a autonomia. Agimos por impulso, pressionando o outro e há reações adversas e retaliações?
Ahh, sobre o inseto era um “percevejo-fedorento”. Seu nome deve-se à sua reação quando se sente acuados, pois soltam um cheiro ruim. Popularmente conhecido como Maria fedida. Este cheiro é sua auto defesa.
Se você acha que é difícil praticar estas atividades? Então, eu desejo lhe oferecer suporte. Aqui o tempo é curto, mas diretamente comigo, podemos expandir bem mais.
Antes de entender as reações do TDO, também conhecido como Transtorno do Imperador, vamos perceber a nós mesmos?
Quais são as necessidades de Clareza , acolhimento , auto regulação , desconstrução de atitudes , aceitação , toque , sutilezas do olhar
Podemos, também, certamente perceber o outro, ou seja, a criança e sua posição na história criada por ela. A criança se expõe.
Podemos fazer isso quando verificamos a seguinte série de atitudes:
1) crianças que não aceitam serem frustradas.
2) crianças manipuladoras.
3) crianças que vivem sem imposição de limites.
Este conjunto de comportamentos, quando efetivamente instalados, compõem o que passou a ser popularmente conhecido como a Síndrome do Imperador! Eu creio que é possível treinar e treinar e fortalecer a nossa musculatura emocional.
O medo de perder tira a vontade de ganhar?